quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Nebuloso"


Uma vez sozinho deveria haver um lugar para cair
em plena percepção naveguei nesta coluna
acima encontrei um rosto
pedindo um eterno conforto
“simples-mente" um lugar perdido
“simples-mente" uma opera visceral
em um momento frágil
contorno neste complicado traço
neste lugar espelhado
encontro controvérsias voltando ao fim
e puxo para o começo
neste mar abalado
navegarei vendado
imune ao prejuízo, porém longe
meu "grande fêmur"
meu apoio impoluto
minha janela, meu jardim...
Ou minha prisão?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"O Salto"


Prove um pouco
Fonte que alimenta em partes
Antes de um tempo oriundo...
O cenário propício para o tombo
Assim vamos, brindando e sempre.
Um mergulho profundo ao desconhecido
Orgulho que às vezes empilha nossa essência
Quebrando a harmonia o nosso dom o nosso tom
Azul...
Nuvens camuflam o pouco que colocamos em ordem
Nuvens que poderiam ser como o nosso ar.
Arcos da sua íris em órbita mostram as marcas
Pedaços, ainda que remendos dessa fonte seja o meu alimento.
Neste trajeto encolho-me entre facas
Somos o progresso um minuto tardio do próximo a se corroer
A maquina que calcula suas contas, seus medos o amor
Exatas sem dó, assim sendo sol sou o soldado para meu mérito
Em mãos a farda e o fato que não escolhi
Caminhos e escolhas
É esse o mergulho que faço para dentro de mim.


“sonhar é acordar-se para dentro.”

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Um Grande Dia para a Liberdade"


No dia em que nos resvalamos
Como posso assistir apaziguado?
Entre loucura, ternura está em mãos
Na palma das mãos, danças sobre alfinetes
Descalços, pulando e pulando...
Celebrando os valores mínimos da vida
Ao longo do dia percebe-se o quão grandioso é.
Quando coroa em mente se eleva, o valor diminui
E os fragmentos de atos passados se desfazem...
Um sonho preliminar eliminado por ser elaborado
O beijo de partida, não para partir, o começo de um novo fim
O fim é... Até quando... Até acreditar...
Tem gente que troca de vida até a morte
Tem gente que vive até morrer.
Seja o que for a essência da o brilho para reger o caminho dos maestros,
e os maestros com sua harmonia conduzem suas orquestras...
Prevalece a nossa tese, aquilo que construímos e mostramos para o mundo.
Voe bela lira...
o amor, todo meu amor o nosso amor...
A palavra que traz paz, porem quebrada
Por certezas que confundem
O balé da vida neste aquário que seco com as mãos,
Alivio o pesar, compensar.
Tento... Dia após dia mostrar
Outro lado, outra vida
Um ponto de vista para jogar na mesa
E questionar cada detalhe, ponto, ato, cada vida e celebrar nossa independência.
Brindar o valor de viver até morrer.
Fazer parte do todo sem se misturar
A lira dorme neste realejo onde amanhã quem sabe!