domingo, 31 de janeiro de 2010

"As flores e sua essência"


Ao som de xilofone
Gotas de uma breve chuva.
Como diminuir o atrito?
Esse pouco que nos alimenta
Às vezes engasga
Dispais nossa mente
Estabelece e clareia.
E nossas verdades...
Colocando os pingos
Mesmo que escorreguem
Pelos cílios possamos aceitar.
Mesmo em pólos diferentes
Não é a inteligência e muito menos
A beleza descartável...
Todavia concha que se fecha.
As mesmas frases, as mesmas partes
As mesmas diferenças, diferente
Outra rodada.
Talvez ainda distante do mundo
Um tanto distraído
Empurrando o esboço
Com tinta fresca
Deixando esse lastro
Espere compreensão.
As flores batem em pedras e se desmancham
Espalhando suas pétalas em água doce
Em queda d’água sua fragrância preenche a trilha
Deixando sua essência em cada ponto
Transformando esta parede rochosa em um belo jardim.

sábado, 9 de janeiro de 2010

"Polos opostos, entrelinha"


Políticos que escondem elefantíase em algodão
A graça aleatória manifesta-se
Comédia do nosso tempo
As novas velhas mudanças...
Incógnita!
Tentando reparar o velho erro
Alimentando um fingimento amargo
Dores dos dias, reticências
A alma resvala aos anseios do homem
Por não querer ser, por tentar ser
O animal mecânico.
Máquina vida, drena possibilidades
Rótulos para o grau de familiaridade
Rompendo-se.
Volúveis, seguidores segundo o próximo parto.
Palavras oposta, o contra gosto
Sina de ensinar um ao outro
Sina de Infligir.
Onde está à linha, o chão da estrada?
As regras antepassadas, o fardo de hoje.
Sempre com a corda no pescoço
Sempre com os olhos vendados
Ou uma obcecação contemporânea?
O animal mecânico drena possibilidade.
Como é a alma para alguém que não acredita?
Como é sair da inércia, se nunca ficou parado por lá ou aqui?
Hipócrita.
Somando a cada ciclo, achando um de vários pares perfeitos!
A metade nunca completa,
As mesmas atitudes em momentos diferentes.
O “amor” discrimina, seleciona e exclui.
A fuga não resolve e não justifica
A visão do muro, com este panorama
Além mar os dois lados...
Defrontar-se a cada suspiro
Sem a vergonha taxada pela sociedade
Parte dessa ambigüidade que afeta todos nós
Apenas olho no olho
Apenas sendo um pouco mais de nós
Um tanto humano
Deixando o animal descartável e suas insígnias inferiores
Neste monturo...
Tentando escutar para compreender melhor
Um ao outro.

domingo, 3 de janeiro de 2010

“(Re)verso”


Esta é a minha passagem
Essa é a casa em que vivo
Olhe garoto determinado
Eu sinto tudo isso acabar!
E paro novamente nas suas mãos
Essa foi a minha consideração por você...
Eu estou envenenado
embriagado, cansado...
novamente
depois voltando
você acaba saindo
assim é a consideração?
eu me sinto conectado
embriagado, demasiado...
alimente meu momento
alimento as oportunidades
eu sinto tudo isso acabar...