segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Dorso"


Demorei muito para avaliar
Chegando tarde para tomar o sol
Começa a chuva...
Declínio vagaroso, choro da noite
Surge a Lua desencaminhada com o segredo do sol
Jaz ele que se esvaece no horizonte, no mar.
Ela brilha forte escondendo o fato de não ser uma estrela
Para o céu de todos
Estou pronto no ponto para dissipar toda a fruta
Mas a trilha muda...
O amargo convertido em doce e o doce...
Esconder o amor para se esconder da dor
Talvez leve nos olhos a dor do peito e o sonho coletivo
Colo de segredo contado no travesseiro
Do seu lado “nada-dando” em tudo
Tudo em todos sendo mais uma noite em devaneios
Sobre ser um pouco mais, um pouco mais de mim longe do sol e perto mar
Onde possa nadar no todo, sal de céu azul prevalece no ar e tua cor longe da minha dor.
Deixada para trás no tempo que fui do ponto até a minha casa
Que ficou nos seus olhos como em um retrovisor.
Minha estrela brilha e você lua, todas as noites refletindo os outros.

domingo, 26 de abril de 2009

"Tudo ou nada preenchendo o majestoso"


O nada é tudo
tudo ou nada
se nada fosse tudo
nada pertenceria
seria o nada...
então, como pode ser nada?
bem, o nada não é tudo
é apenas complemento de tudo
sendo nada
quando o tudo não é suficiente
nessa hora falta o nada
nada faz parte de tudo
sendo o complemento disso tudo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O pavimento




Levanto em silencio, ando em silêncio,
Volto em silencio, durmo em silencio...
O que se ganha quando perde?
Qual a finalidade?
Crescimento?
Uma prosa para a próxima deixa.
Falta muito para falar, ou nada para falar?
Um “macaco” seria mais interessante?
Talvez!
Os anjos atravessam o pavimento.
Por onde anda...
Aquele que estava, aquele que acordou.
Eu tento achar, mais ele evapora.
Sempre se esconde de mim, pois ele acha que é repugnante...
Sim, não merece afeto, não merece palavras.
- Talvez?
- Talvez sim!
Mas sempre de encontro ao vazio, nasce o “curioso”.
Estamos neste corte, acabando com os benefícios...
Pensando mais e mais...
Nunca (sempre) pensado nos outros, nunca (sempre) tentado ceder!
Este espaço entre um e outro, nosso novo museu.
Os anjos, lá de cima apontam e continuam ruindo.
Cansado, triste... O resumindo...
Chateado por ser chato,
Parado por amparar amando desalmado.
Se esta ponte for “concreto/a”, ela nunca desmoronará.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"Brincar de Deus"


Sinto muito...
Muito por te feito tanto e não fazer nada...
Sinto dizer às vezes que às vezes não digo
Tanto faz se me abasteço disso, mas você precisa saber.
Tantas noites o relógio bate 03:38am e penso onde esta o seu sono
Por onde anda neste sonho?
Toda culpa parece ser a resposta para o fardo
Qual o seu peso?
Qual a sua marca?
Ela pulava na praça, bailava nesta valsa agora no meu quintal.
E as palavras que navegaram neste oceano profundo
Com o desbravamento dos bárbaros
Seguia sem rumo e agora nesta capela...
Qual a sua palavra de ontem me falando hoje, o que seria o amanhã?
Variável em sua mente, quase maleável neste laço.
Jogo a você todo o óbvio, com isso meu nome ao vento.
Palavras que sopram na sua direção...
É simples olhar ao seu modo, sua expectativa e não querer saber.
Cabeça contra a parede, parede de palavras que ao longo da sua existência transformou sua honra no seu legado, atos aleatórios.
Penso na velocidade do desenrolar da vida
O limiar
Três dias para chegar a tal conclusão
Quase um ano para reverter à situação
E agora nada?
Brincar de “Deus”, ou ser o vazio que representa este para um “tolo”.
Sem observar?
Faria o mesmo, cada vez mais para fazer brilhar.
Sua ordem aleatória criou este momento somente para você
Deu corda até poder puxar e estrangular
Já sabia do final sem saber o começo.
Estou chato e chateado com o mundo, talvez com todo mundo.
A divida é grande para poder pagar hoje...
Quem sabe amanhã ou um dia qualquer, mais para frente...
Um dia, quando cair a ultima gota d'agua.
Mas na chuva vou esconder, para você não perceber que estou triste.
Aqui longe de você.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

"Frio e direto"


Deixei minha paciência em uma prisão
submerso, sobre controvérsia
guardei a ingenuidade
para admirar...
por quanto tempo...
até quando?
vento frio ao meu lado cansado...
não para de soprar...
E não para de queima sem fogo...
queimadura gelada
amadurece.