domingo, 31 de janeiro de 2010

"As flores e sua essência"


Ao som de xilofone
Gotas de uma breve chuva.
Como diminuir o atrito?
Esse pouco que nos alimenta
Às vezes engasga
Dispais nossa mente
Estabelece e clareia.
E nossas verdades...
Colocando os pingos
Mesmo que escorreguem
Pelos cílios possamos aceitar.
Mesmo em pólos diferentes
Não é a inteligência e muito menos
A beleza descartável...
Todavia concha que se fecha.
As mesmas frases, as mesmas partes
As mesmas diferenças, diferente
Outra rodada.
Talvez ainda distante do mundo
Um tanto distraído
Empurrando o esboço
Com tinta fresca
Deixando esse lastro
Espere compreensão.
As flores batem em pedras e se desmancham
Espalhando suas pétalas em água doce
Em queda d’água sua fragrância preenche a trilha
Deixando sua essência em cada ponto
Transformando esta parede rochosa em um belo jardim.

3 comentários:

  1. Aprendi com as flores a me deixar cortar por inteira para renascer novamente na primavera e desse tanto que é carregado de mim restam os espinhos que se abrem mais tarde em botões. O perfume, por hora suspenso no ar, aguarda a vez de ser reabastecido num novo ciclo. Em cores e luz pode-se ouvir assim: Perfumar ao máximo antes da poda e aguardar serena a próxima florada.

    muito grata por tudo e sempre e
    com todo o amor do mundo !

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  2. Muito sensorial esse poema...
    Bem, acho que por mais descartável que seja, toda beleza é valida nem que por um encantamento ínfimo que se possa desfazer em um desencanto eterno.

    Beijos

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  3. Muito liiindo *_*
    Faz um livro ?
    Concerteza irei comprar !

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